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shutterstock_118651903Relações Sexuais com Dor

Uma relação sexual não deveria vir acompanhada de dor, mas uma variedade de coisas pode torná-la dolorosa:

Infecção – Qualquer infecção – desde uma infecção por fungos a uma infecção causada por doenças sexualmente transmissíveis – pode irritar a vulva e a vagina e fazer com que a penetração seja dolorosa. Se a relação sexual é dolorosa, o primeiro passo deve ser uma ida ao ginecologista para se certificar de que você está saudável. Uma vez que isso seja feito, então você pode seguir em frente.

Falta de lubrificação – Um sinal de excitação sexual em mulheres é a lubrificação ou umidificação da vagina. A lubrificação diminui o atrito da relação sexual; sem ela, a penetração pode arder ou ferir. A solução depende da causa:

Pode ser que a sua vagina esteja sendo penetrada antes de você estar excitada o bastante para produzir lubrificação suficiente. Dê um tempo na relação com penetração, dedique mais tempo às preliminares e outros tipos de intimidade sexual antes de prosseguir com o coito. Isto não apenas aumenta a umidificação de sua vagina, mas também permite que ela se expanda e relaxe, aumentando ainda mais o conforto no momento da penetração. Esta é a solução na maioria dos casos.

Ou pode ser que o seu corpo esteja produzindo menos lubrificação do que você precisa para uma penetração confortável. Este é o caso de muitas mulheres por uma variedade de razões, que vão desde alterações hormonais ao fato de estarem fazendo sexo por um tempo mais prolongado. Neste caso, você pode suplementar seus fluidos naturais com um lubrificante comercial como KY, ID, Astroglide, Wet Platinum, ou muitos outros. Lembre-se de que lubrificantes à base de petróleo degradam o látex e não devem ser usados com dental dams ou preservativos de látex, enquanto que lubrificantes à base de silicone não são compatíveis com a maioria dos brinquedos de silicone. Mesmo para as mulheres com lubrificação natural suficiente, lubrificante extra pode muitas vezes fazer com que as sensações do sexo sejam melhores e com que o sexo flua mais suavemente.

Mudanças hormonais e alguns medicamentos também podem afetar a lubrificação.  Se este é um problema persistente, verifique os seus medicamentos para ver se há possíveis efeitos colaterais.

Vaginismo

Vaginismo refere-se à dor e incapacidade de penetração vaginal, quando ela é desejada. As causas são variadas, e, em muitos casos, desconhecidas. Um bom recurso para identificar e encontrar recursos é o ISSVD (International Society for the Study of Vulvovaginal Disease).

Dispareunia

Dispareunia é o nome técnico para “relações sexuais com dor”, especificamente a irritação da vulva, abertura vaginal ou vagina, devido à trauma, infecção ou ansiedade. As mulheres podem sentir dor em diferentes momentos de suas vidas e por diferentes razões (alterações hormonais, ansiedade, falta de interesse em sexo e condições de saúde).  A dor pode ser o resultado de lubrificação insuficiente, infecções vaginais ou outros problemas vulvares, tais como vulvodínia ou vestibulite vulvar. O aconselhamento médico pode ajudar a identificar e oferecer tratamentos para algumas condições.

Você pode encontrar ajuda no livro ” The V Book: A Doctor’s Guide to Complete Vulvovaginal Health por Dr. Elizabeth Stewart (vulvodínia e vestibulite vulvar são discutidas neste livro). Para obter informações adicionais sobre dor vulvar, visite a página da web da National Vulvodynia Association.

Inibição do Desejo Sexual

Antes de mais nada, não há problema em não se querer sexo. Ser capaz de ter relações sexuais não significa que você tem que querer isso.

Se você está em um relacionamento, uma queda no interesse sexual pode ser problemática e estressante. Poderia ser um sinal de que alguma outra coisa está acontecendo – em sua vida sexual, em seu relacionamento, ou na sua vida do dia-a-dia. Por outro lado, o interesse sexual flutua no decurso de muitos relacionamentos, assim como ao longo da vida.

Aqui estão algumas coisas que podem afetar o seu nível de desejo por sexo:

Algumas mulheres, mas não todas, experimentam uma diminuição da libido, em função do uso da pílula anticoncepcional ou outro método de controle hormonal de natalidade. Essa queda pode ficar nivelada ao longo de alguns meses.  Uma solução é usar uma forma não-hormonal de controle de natalidade ou tentar uma pílula diferente, com uma combinação e intensidade de hormônios diferentes até encontrar uma que funcione melhor para você. Converse com seu ginecologista sobre isso.

Outros medicamentos, como alguns antidepressivos, demonstraram que afetam o interesse sexual e excitação em algumas mulheres. Converse com seu médico se isso é uma preocupação.

Mudanças no seu estilo de vida – perda de um emprego, começo de um novo semestre ou mudança de moradia – podem afetar o seu desejo sexual. Estresse em qualquer forma pode ter um impacto debilitante sobre sua sexualidade. Por outro lado, há pessoas que acham que buscam sexo quando estão estressadas ou ansiosas. De qualquer forma, a melhor solução é aprender maneiras saudáveis ​​de lidar com o estresse: coma bem, exercite-se, comunique-se e procure ajuda quando você estiver sobrecarregada.

Outro aspecto a se ter em mente é que o desejo vem e vai, como qualquer função corporal. Às vezes, você está com fome e, às vezes, você não está. Às vezes, você quer sexo e, às vezes, você não quer. Uma certa flutuação é normal e não necessariamente um sinal de disfunção.

Anorgasmia

A sexualidade das mulheres passou por um processo de inversão completa ao longo dos últimos 50 anos, desde a negação de que as mulheres pudessem mesmo ter orgasmos à pressão de ter orgasmos com frequência e facilidade numa relação sexual. (Como algumas revistas femininas poderiam ser vendidas sem que tivesse a palavra “orgasmo” na capa?). Apesar de tudo, toda mulher pode ter orgasmos; e a experiência orgásmica de cada mulher é muito individual.

Nunca Tive Um Orgasmo – Para muitas mulheres, aprender o que as faz se sentir bem e as leva ao orgasmo é uma experiência de aprendizagem. Se é com uma parceria ou com você mesma, explorar o que a faz se sentir bem é o primeiro passo para o surgimento da excitação que irá levar à liberação do orgasmo. Trabalhar para alcançar uma ‘meta’ pode ser um tanto quanto não-sexy, então pegue leve com você mesma e apenas desfrute do processo. Não espere ter orgasmo em todos os encontros, mas tente perceber as pistas sobre o que a faz se sentir bem – onde o toque é mais agradável e mais excitante, quanta pressão é necessária para se ter prazer no ou em torno de seu clitóris e outras áreas genitais.

Não Tenho Orgasmo em Determinadas Situações – Para muitas mulheres, tudo é uma questão de estar no lugar e momento certos, e de ter o movimento ou toque ou estimulação corretos. Não há nada de errado em ser seletivamente orgástica!

– Veja mais em: http://kinseyconfidential.org/resources/common-problems/#sthash.PTYXJPbQ.dpuf

Texto adaptado e livremente traduzido pelo Psicólogo Alexandro Paiva do website Kinsey Confidential, com finalidade unicamente pedagógica.

Alexandro Nobre Paiva é Psicólogo Clínico, Psicoterapeuta Sexual e de Casais (CRP 06/118772) com experiência no atendimento de clientes brasileiros e estrangeiros adultos, nas línguas inglesa e portuguesa. Especialista em Terapia Comportamental Cognitiva em Saúde Mental pelo Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (AMBAN IPq HC FMUSP) e pela Proficoncept, certificada pela DGERT (União Europeia). Qualificação Avançada em Psicoterapia com Enfoque na Sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX). Capacitação em Reabilitação do Amor Patológico pelo Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (AMBULIM IPq HC FMUSP) e pela Escola de Reabilitação do Amor Patológico (ERA-AP). Membro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC).

Especialista em Língua Inglesa: Metodologia da Tradução pela FAFIRE, tendo atuado como Professor de Língua Inglesa por cerca de 10 anos (Brasil e China) e convivido com pessoas de diferentes culturas, mantém um Blog com Recursos Psicoeducacionais nas áreas da Psicologia e da Sexualidade.

Interesses principais incluem Psicologia, Sexualidade, Tradução, Línguas Estrangeiras, Viagens e Fotografia.

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