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shutterstock_239008009A primeira e talvez mais importante coisa a ser entendida é que o sexo não se resume a inserção de um pênis em uma vagina. Essa é apenas uma das muitas formas de se fazer sexo e certamente não é a principal ou mais importante. É apenas mais uma. A crença de que a colocação do pênis na vagina é a forma principal ou mais importante de se fazer sexo está apoiada na ideia de que o sexo tem como única função a procriação. Mas isso não é verdade. O sexo também pode ter função de dar e receber prazer. É de algumas dicas para se ter mais prazer e orgasmo que se trata esse texto.

A primeira dica é o autoconhecimento sexual, que se dá através da masturbação. Ao contrário do que muita gente pensa, a masturbação é a melhor forma de conhecer sexualmente o próprio corpo. É através dela que uma pessoa pode identificar onde gosta de ser tocada e como gosta de ser tocada. Dito de outro modo, é através dela que uma pessoa pode conhecer melhor suas preferências sexuais. Essa é uma prática segura e que faz bem a quem a pratica, pois pode levar ao orgasmo, que alivia o estresse e a insônia, além de proporcionar outros possíveis benefícios. Ao se tocar, o segredo é focar no prazer (processo) e não no orgasmo (objetivo). Ao focar no prazer, você poderá descobrir o que funciona para você e isso poderá ser comunicado a sua parceria. Uma pessoa que ainda não descobriu o que funciona sexualmente para si mesma, poderá cometer o erro de delegar à parceria a responsabilidade pelo seu próprio prazer. O hábito de delegar para o outro a responsabilidade pelo seu próprio prazer geralmente dá origem a possíveis problemas sexuais. Primeiro vem a descoberta. Em seguida, a comunicação ao outro dessa mesma descoberta. Alguns brinquedos eróticos podem ser incluídos nesse processo, a depender das preferências sexuais de cada um. Fique esperto(a)!

Uma outra dica é a manutenção de um canal aberto de comunicação honesta e respeitosa com a parceria. É muito comum o surgimento de problemas sexuais como decorrência da ausência ou dificuldade de comunicação do casal. Quando há ausência ou ruídos nesse processo comunicativo, torna-se difícil e, por vezes, impossível descobrir o que o outro gosta no sexo e como o outro gosta. Tentar adivinhar silenciosamente as preferências sexuais do outro sem ter espaço para pergunta-lo(a) sobre essas preferências é um estratégia que pode levar a desgastes e, em alguns casos, o fim do relacionamento. Na dúvida, pergunte, afinal de contas o cenário erótico não precisa incluir uma bola de cristal.

Há ainda uma outra dica, que é fazer apenas as coisas que são prazerosas para os dois e não apenas para um dos membros do casal. Por exemplo, ao fazer sexo oral em sua parceria, apesar de o orgasmo ser dele(a), o prazer do processo precisa ser compartilhado. Caso contrário, o ato sexual se torna um evento aversivo a ser evitado por aquele que não está sentindo prazer. Uma metáfora possível para ilustrar essa situação seria a de uma dança entre dois prazeres: o de dar e o de receber.

Esse texto tem finalidade unicamente pedagógica e não se propõe a esgotar o assunto ou substituir uma consulta por profissional especializado. Caso você perceba que sua vida sexual não está satisfatória, procure a ajuda de um psicoterapeuta especialista em sexualidade para ajuda-lo(a) a melhorar a qualidade de sua vida.

Texto de autoria do Psicólogo Alexandro Paiva.

Alexandro Nobre Paiva é Psicólogo Clínico, Psicoterapeuta Sexual e de Casais (CRP 06/118772) com experiência no atendimento de clientes brasileiros e estrangeiros adultos, nas línguas inglesa e portuguesa. Especialista em Terapia Comportamental Cognitiva em Saúde Mental pelo Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (AMBAN IPq HC FMUSP) e pela Proficoncept, certificada pela DGERT (União Europeia). Qualificação Avançada em Psicoterapia com Enfoque na Sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX). Capacitação em Reabilitação do Amor Patológico pelo Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (AMBULIM IPq HC FMUSP) e pela Escola de Reabilitação do Amor Patológico (ERA-AP). Membro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC).

Especialista em Língua Inglesa: Metodologia da Tradução pela FAFIRE, tendo atuado como Professor de Língua Inglesa por cerca de 10 anos (Brasil e China) e convivido com pessoas de diferentes culturas, mantém um Blog com Recursos Psicoeducacionais nas áreas da Psicologia e da Sexualidade.

Interesses principais incluem Psicologia, Sexualidade, Tradução, Línguas Estrangeiras, Viagens e Fotografia.

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