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Todo mundo se sente ocasionalmente melancólico ou triste. Mas esses sentimentos são geralmente de curta duração e passam em poucos dias. Quando você tem depressão, ela interfere com sua vida diária e provoca dor tanto em você quanto naqueles que se preocupam com você. A depressão é uma doença comum, mas grave.

shutterstock_190924184Muitas pessoas com uma doença depressiva nunca procuram tratamento. Mas a maioria, mesmo aqueles com depressão mais grave, pode ficar melhor com o tratamento. Medicamentos, psicoterapias e outros métodos podem efetivamente tratar pessoas com depressão.

Existem várias formas de transtornos depressivos.

Depressão maior – sintomas graves que interferem com sua capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida. Um episódio pode ocorrer apenas uma vez na vida de uma pessoa, porém, mais frequentemente, uma pessoa tem vários episódios.

Transtorno depressivo persistente – humor deprimido que tem duração de pelo menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves, mas os sintomas devem durar dois anos.

Algumas formas de depressão são ligeiramente diferentes, ou podem desenvolver-se sob circunstâncias únicas. Elas incluem:

  • Depressão psicótica, que ocorre quando uma pessoa tem depressão grave mais algum tipo de psicose, como ter crenças falsas perturbadoras ou uma ruptura com a realidade (delírios), ou ouvir ou ver coisas perturbadoras que outros não podem ouvir ou ver (alucinações);
  • Depressão pós-parto, que é muito mais grave do que o “baby blues” que muitas mulheres experimentam após o parto, quando alterações hormonais e físicas e a nova responsabilidade de cuidar de um recém-nascido podem ser esmagadoras. Estima-se que 10 a 15 por cento das mulheres sofrem de depressão pós-parto após darem à luz;
  • Transtorno afetivo sazonal (TAS), que se caracteriza pelo aparecimento de depressão durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural. A depressão geralmente desaparece durante a primavera e o verão. O TAS pode ser eficazmente tratado com fototerapia, mas quase metade das pessoas com TAS não melhora apenas com a fototerapia. Medicamentos antidepressivos e psicoterapia podem reduzir os sintomas do TAS, tanto isoladamente como em combinação com a fototerapia.

O transtorno bipolar, também chamado de doença maníaco-depressiva, não é tão comum quanto a depressão maior ou o transtorno depressivo persistente. O transtorno bipolar é caracterizado por mudanças cíclicas de humor – de elevações extremas (por exemplo, mania) a níveis extremamente baixos (por exemplo, depressão).

Causas

Muito provavelmente, a depressão é causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.

Doenças depressivas são transtornos do cérebro. Tecnologias de imagem do cérebro, como a imagem por ressonância magnética (IRM), mostraram que os cérebros de pessoas que sofrem de depressão têm aparência diferente dos das pessoas sem depressão. As partes do cérebro envolvidas com o humor, o pensamento, o sono, o apetite e o comportamento têm aparências diferentes. Mas essas imagens não revelam o motivo pelo qual a depressão ocorreu. Elas também não podem ser utilizadas para diagnosticar a depressão.

Alguns tipos de depressão tendem a ocorrer em famílias. No entanto, a depressão também pode ocorrer em pessoas sem história familiar de depressão. Os cientistas estão estudando certos genes que podem tornar algumas pessoas mais propensas à depressão. Algumas pesquisas genéticas indicam que o risco para a depressão resulta da influência de vários genes agindo em conjunto com fatores ambientais ou outros fatores. Além disso, trauma, perda de um ente querido, um relacionamento difícil ou qualquer situação de estresse pode desencadear um episódio depressivo. Outros episódios depressivos podem ocorrer com ou sem um gatilho óbvio.

Sinais & Sintomas

“Foi muito difícil sair da cama pela manhã. Eu só queria me esconder debaixo das cobertas e não falar com ninguém. Eu não tinha muita vontade de comer e perdi muito peso. Nada mais parecia divertido. Eu estava cansado o tempo todo e não estava dormindo bem à noite. Mas eu sabia que tinha que continuar, porque eu tenho filhos, porque eu tenho um emprego. Sentia que tudo parecia tão impossível, como se nada fosse mudar ou melhorar. “

Nem todas as pessoas com doenças depressivas experimentam os mesmos sintomas. A gravidade, frequência e duração dos sintomas variam de acordo com o indivíduo e sua doença particular.

Os sinais e sintomas incluem:

  •  Sentimentos persistentes de tristeza, ansiedade ou “vazio”;
  •  Sentimentos de desesperança ou pessimismo;
  •  Sentimentos de culpa, desvalor ou desamparo;
  •  Irritabilidade, inquietação;
  •  Perda de interesse por atividades ou hobbies que anteriormente eram prazerosos, incluindo sexo;
  •  Fadiga e diminuição da energia;
  •  Dificuldade em se concentrar, lembrar detalhes e tomar decisões;
  •  Insônia, vigília de manhã cedo ou sono excessivo;
  •  Comer em excesso ou perder o apetite;
  •  Pensamentos de suicídio, tentativas de suicídio;
  •  Dores de diversas naturezas, dores de cabeça, cãibras ou problemas digestivos que não são                                      aliviados nem mesmo com tratamento.

Quem Está Em Risco?

O transtorno depressivo maior é um dos transtornos mentais mais comuns nos Estados Unidos. A cada ano, cerca de 6,7% dos adultos norte-americanos sofrem do transtorno depressivo maior. As mulheres são 70% mais propensas que os homens a sofrerem de depressão durante suas vidas. Negros não-hispânicos são 40% menos propensos do que os brancos não-hispânicos a sofrerem de depressão durante suas vidas. A idade média de início é 32 anos. Além disso, 3,3% das pessoas com idade de 13 a 18 anos experimentaram um transtorno depressivo gravemente debilitante.

Diagnóstico

“Eu comecei a perder dias de trabalho e uma amiga percebeu que havia algo errado. Ela me falou sobre a época em que tinha estado realmente deprimida e tinha recebido ajuda de seu médico”.

Depressão, mesmo os casos mais graves podem ser eficazmente tratados. Quanto mais cedo o tratamento puder ser iniciado, mais eficaz ele será.

O primeiro passo para a obtenção de tratamento adequado é visitar um médico ou um especialista em saúde mental. Certos medicamentos e algumas condições médicas, como vírus ou um distúrbio da tiróide, podem causar os mesmos sintomas que a depressão. Um médico pode excluir essas possibilidades fazendo um exame físico, entrevista e testes de laboratório. Se o médico não puder encontrar qualquer condição médica que possa estar causando a depressão, o próximo passo é uma avaliação psicológica.

O médico pode encaminhá-lo para um profissional de saúde mental, que deve discutir com você qualquer histórico familiar de depressão ou outro transtorno mental e obter um histórico completo de seus sintomas. Você deve discutir quando os sintomas começaram, quanto tempo eles duraram, quão graves são, e se eles já aconteceram antes e, em caso afirmativo, como eles foram tratados. O profissional de saúde mental também pode perguntar se você está usando álcool ou drogas, e se você está pensando em morte ou suicídio.

Outras doenças podem surgir antes da depressão, causá-la ou ser uma consequência dela. Mas a depressão e outras doenças interagem de forma diferente em diferentes pessoas. Em qualquer caso, doenças concomitantes devem ser diagnosticadas e tratadas.

Os transtornos de ansiedade, como o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), transtorno obsessivo-compulsivo*, transtorno do pânico, fobia social e transtorno de ansiedade generalizada, geralmente acompanham a depressão. O TEPT pode ocorrer depois que uma pessoa experimenta um evento terrível ou experiência difícil, como um assalto violento, um desastre natural, um acidente, terrorismo ou combate militar. As pessoas que experienciam o TEPT são particularmente propensas a terem uma depressão co-existente.

Abuso ou dependência de álcool e de outras substâncias também pode co-existir com a depressão. As pesquisas mostram que os transtornos de humor e o abuso de substâncias comumente ocorrem juntos.

A depressão também pode ocorrer com outras doenças médicas graves, como doença cardíaca, derrame, câncer, HIV / AIDS, diabetes e doença de Parkinson. As pessoas que sofrem de depressão juntamente com outra doença médica tendem a ter sintomas mais graves de depressão e da doença médica, além de dificuldade em se adaptar à sua condição médica, e mais custos médicos do que aqueles que não têm depressão co-existente. O tratamento da depressão também pode ajudar a melhorar o resultado do tratamento da doença co-existente.

Tratamentos

Uma vez diagnosticada, uma pessoa com depressão pode ser tratada de várias formas. Os tratamentos mais comuns são medicação e psicoterapia.

Medicação

Os antidepressivos atuam principalmente nas substâncias químicas cerebrais denominadas neurotransmissores, especialmente a serotonina e a norepinefrina. Outros antidepressivos atuam no neurotransmissor dopamina. Os cientistas descobriram que essas substâncias químicas particulares estão envolvidas na regulação do humor, mas eles não têm certeza da forma exata como elas funcionam. As informações mais recentes sobre medicamentos para o tratamento da depressão estão disponíveis no website US Food and Drug Administration (FDA) .

Antidepressivos populares mais novos

Alguns dos antidepressivos mais recentes e mais populares são chamados de inibidores seletivos de recaptação da serotonina (ISRS). Fluoxetina (Prozac), Sertralina (Zoloft), Escitalopram (Lexapro), Paroxetina (Paxil) e Citalopram (Celexa) são alguns dos ISRS mais comumente prescritos para a depressão. A maioria está disponível em versões genéricas. Os inibidores de recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSN) são semelhantes aos ISRS e incluem Venlafaxina (Efexor) e Duloxetina (Cymbalta).

Os ISRS e IRSN tendem a ter menos efeitos colaterais que os antidepressivos mais antigos, mas, às vezes, produzem dores de cabeça, náuseas, tremores ou insônia, quando as pessoas começam a tomá-los pela primeira vez. Estes sintomas tendem a desaparecer com o tempo. Algumas pessoas também têm problemas sexuais com ISRS ou IRSN, que podem ser melhorados através do ajuste da dose ou da mudança para outro medicamento.

Um antidepressivo popular que atua na dopamina é a Bupropiona (Wellbutrin). A Bupropiona tende a ter efeitos colaterais semelhantes aos ISRS e IRSN, mas é menos susceptível a causar efeitos colaterais sexuais. No entanto, pode aumentar o risco de uma pessoa de ter convulsões.

Tricíclicos

Os tricíclicos são antidepressivos mais antigos. Os tricíclicos são poderosos, mas não são muito utilizados hoje em dia, porque os seus efeitos colaterais potenciais são mais graves. Eles podem afetar o coração em pessoas com doenças cardíacas. Eles às vezes causam tonturas, especialmente em adultos mais velhos. Eles também podem causar sonolência, boca seca e ganho de peso. Estes efeitos colaterais podem geralmente ser corrigidos mudando a dosagem ou trocando a medicação. No entanto, os tricíclicos podem ser especialmente perigosos se tomados em overdose. Os tricíclicos incluem Imipramina e Nortriptilina.

IMAO

Os Inibidores da Monoamina Oxidase (IMAO) são a classe mais antiga de medicamentos antidepressivos. Eles podem ser especialmente eficazes nos casos de depressão “atípica”, que ocorre quando uma pessoa experimenta aumento do apetite e da necessidade de sono, em vez de diminuição do apetite e do sono. Eles também podem ajudar quando há sentimentos de ansiedade ou pânico e outros sintomas específicos.

No entanto, as pessoas que tomam IMAO devem evitar certos alimentos e bebidas (incluindo queijo e vinho tinto) que contêm uma substância chamada Tiramina. Certos medicamentos, incluindo alguns tipos de pílulas de controle de natalidade, analgésicos prescritos, medicamentos para gripe e alergia, assim como suplementos de ervas, também devem ser evitados ao se tomar IMAO. Estas substâncias podem interagir com os IMAO e causar perigosos aumentos na pressão sanguínea. O desenvolvimento de um novo adesivo para administrar IMAO através da pele pode ajudar a reduzir esses riscos. Se você estiver tomando IMAO, o seu médico deve dar-lhe uma lista completa de alimentos, medicamentos e substâncias a serem evitados.

Os IMAO também podem reagir com os ISRS e produzir uma situação grave chamada “síndrome da serotonina”, que pode causar confusão, alucinações, aumento da sudorese, rigidez muscular, convulsões, alterações na pressão arterial ou ritmo cardíaco e outras condições potencialmente fatais. Os inibidores da MAO não devem ser tomados com os ISRS.

Como eu deveria tomar medicação?

Todos os antidepressivos devem ser tomados por pelo menos 4 a 6 semanas antes que eles tenham um efeito completo. Você deve continuar a tomar a medicação, mesmo se você estiver se sentindo melhor, para evitar que a depressão volte.

A medicação deve ser interrompida somente sob a supervisão de um médico. Alguns medicamentos precisam ser retirados gradualmente para dar ao corpo tempo para se ajustar. Embora os antidepressivos não sejam formadores de hábito ou causadores de dependência, interromper repentinamente o uso de um antidepressivo pode causar sintomas de abstinência ou levar a uma recaída da depressão. Alguns indivíduos, como aqueles com depressão crônica ou recorrente, podem necessitar da medicação por tempo indeterminado.

Além disso, se um medicamento não funcionar, você deve considerar tentar outro. Pesquisas financiadas pelo NIMH mostraram que as pessoas que não melhoraram depois de tomar um primeiro medicamento aumentaram suas chances de vencer a depressão depois que trocaram de medicamento ou adicionaram outro medicamento àquele que estavam tomando.

Às vezes, estimulantes, medicamentos anti-ansiedade ou outros medicamentos são utilizados em conjunto com um antidepressivo, especialmente se uma pessoa tem uma doença co-existente. No entanto, nem os medicamentos anti-ansiedade nem estimulantes são eficazes contra a depressão quando tomados isoladamente, e ambos devem ser tomados somente sob estreita supervisão de um médico.

Informe imediatamente ao seu médico sobre quaisquer efeitos colaterais incomuns.

Alerta da FDA sobre antidepressivos

Apesar da relativa segurança e popularidade dos ISRS e outros antidepressivos, estudos têm sugerido que eles podem ter efeitos não intencionais em algumas pessoas, especialmente adolescentes e jovens adultos. Em 2004, o FDA (Food and Drug Administration) realizou uma revisão exaustiva de ensaios clínicos controlados publicados e não publicados de antidepressivos que envolveu cerca de 4.400 crianças e adolescentes. A revisão revelou que 4% daqueles que estavam tomando antidepressivos pensaram sobre ou tentaram suicídio (embora nenhum suicídio tenha ocorrido), comparados com 2% daqueles que receberam placebos.

Esta informação levou a FDA, em 2005, a adotar uma etiqueta de advertência “tarja preta” em todos os medicamentos antidepressivos para alertar a população sobre o potencial risco de aumento de pensamentos suicidas ou tentativas de suicídio em crianças e adolescentes que tomam antidepressivos. Em 2007, a FDA propôs que os fabricantes de todos os medicamentos antidepressivos estendessem o aviso para incluir jovens adultos de até 24 anos. Um aviso de “tarja preta” é o tipo mais sério de aviso em rótulos de medicamentos de prescrição.

A advertência enfatiza que os pacientes de todas as idades que tomam antidepressivos devem ser cuidadosamente monitorizados, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento. Possíveis efeitos colaterais a serem observados são o agravamento da depressão, pensamentos ou comportamentos suicidas ou quaisquer alterações anormais do comportamento, tais como insônia, agitação ou afastamento de situações sociais normais. O aviso acrescenta que as famílias e cuidadores também devem ser informados da necessidade de um acompanhamento atento e que devem informar quaisquer alterações ao médico. As informações mais recentes da FDA podem ser encontradas em seu website .

Os resultados de uma revisão abrangente de estudos pediátricos realizados entre 1988 e 2006 sugeriram que os benefícios dos medicamentos antidepressivos provavelmente superam seus riscos para crianças e adolescentes com depressão maior e transtornos de ansiedade.

E quanto a erva de São João?

O extrato da Erva de São João (Hypericum perforatum) tem sido usado há séculos em muitos remédios populares à base de ervas. Hoje, na Europa, é amplamente utilizado para tratar depressão de leve a moderada. No entanto, estudos recentes descobriram que a erva de São João não é mais eficaz do que o placebo no tratamento da depressão maior ou menor.

Em 2000, a FDA emitiu uma carta Public Health Advisory afirmando que a erva pode interferir com alguns medicamentos usados ​​para tratar doenças cardíacas, depressão, convulsões, certos tipos de câncer e os utilizados para prevenir a rejeição de órgãos transplantados. A erva também pode interferir com a eficácia dos contraceptivos orais. Consulte o seu médico antes de tomar qualquer suplemento de ervas.

Psicoterapia

Agora eu estou me consultando regularmente com o especialista em “terapia da fala”, que me ajuda a aprender formas de lidar com esta doença na minha vida cotidiana, e estou tomando remédio para a depressão.

Vários tipos de psicoterapia – ou “terapia da fala” – podem ajudar as pessoas com depressão.

Dois tipos principais de psicoterapias – Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e Terapia Interpessoal (TIP) – são eficazes no tratamento da depressão. A TCC ajuda as pessoas com depressão a reestruturarem padrões de pensamento negativos. Ao fazer isso, ajuda as pessoas a interpretarem seu ambiente e interações com os outros de forma positiva e realista. Ela também pode ajudá-lo a reconhecer as coisas que podem estar contribuindo para a depressão e ajudá-lo a mudar os comportamentos que podem estar fazendo a depressão piorar. A TIP ajuda as pessoas a entenderem e encontrarem soluções para relacionamentos problemáticos que podem causar a depressão ou torná-la pior.

Para depressão de leve a moderada, a psicoterapia pode ser a melhor opção. No entanto, para a depressão grave ou para certas pessoas, a psicoterapia pode não ser suficiente. Por exemplo, para os adolescentes, uma combinação de medicação e psicoterapia pode ser a abordagem mais eficaz para o tratamento da depressão maior, reduzindo as chances de ela voltar. Outro estudo abordando o tratamento da depressão entre adultos mais velhos descobriu que as pessoas que responderam ao tratamento inicial com medicação e TIP estavam menos propensas a terem depressão recorrente se continuassem seu tratamento combinado por pelo menos dois anos.

Mais informações sobre psicoterapia está disponível no site do NIMH .

A eletroconvulsoterapia e outras terapias de estimulação cerebral

Para os casos em que a medicação e / ou a psicoterapia não ajudam a aliviar a depressão resistente ao tratamento de uma pessoa, a eletroconvulsoterapia (ECT) pode ser útil. A ECT, anteriormente conhecida como “terapia de choque”, já teve uma má reputação. Mas, nos últimos anos, tem melhorado muito e pode proporcionar alívio às pessoas com depressão grave, que não têm sido capazes de se sentirem melhor com outros tratamentos.

Antes de a ECT começar, um paciente é colocado sob anestesia leve e recebe um relaxante muscular. Ele ou ela dorme durante o tratamento e não sente conscientemente os impulsos elétricos. Dentro de um período de 1 hora após a sessão de tratamento, que leva apenas alguns minutos, o paciente está acordado e alerta.

Uma pessoa normalmente vai receber ECT várias vezes por semana e, muitas vezes, terá que tomar um antidepressivo ou outra medicação, juntamente com os tratamentos da ECT. Embora algumas pessoas irão precisar de apenas algumas aplicações de ECT, outras podem precisar de ECT de manutenção – geralmente, no início, uma vez por semana e, em seguida, diminuindo gradualmente para tratamentos mensais. As pesquisas em andamento sobre ECT apoiadas pelo NIMH objetivam o desenvolvimento de programas de ECT de manutenção personalizados.

A ECT pode causar alguns efeitos colaterais, incluindo confusão, desorientação e perda de memória. Normalmente, estes efeitos colaterais são de curto prazo, mas às vezes eles podem persistir. Novos métodos de administração do tratamento reduziram a perda de memória e outras dificuldades cognitivas associadas à ECT. As pesquisas descobriram que após um ano de tratamento com ECT, a maioria dos pacientes não apresentaram efeitos cognitivos adversos.

Outros tipos mais recentemente apresentados de terapias de estimulação cerebral utilizados para tratar a depressão grave incluem a Estimulação do Nervo Vago (ENV) e a Estimulação Magnética Transcraniana de Repetição (EMTr). Estes métodos ainda não são comumente utilizados, mas as pesquisas sugerem que eles são promissores.

Mais informações sobre ECT, ENV, EMTr e outras terapias de estimulação cerebral estão disponíveis no site do NIMH .

Convivendo

Como as mulheres experienciam a depressão?

A depressão é mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Fatores biológicos, relativos ao ciclo de vida, hormonais e psicossociais que as mulheres experienciam podem estar associados a maior taxa de depressão das mulheres. Os pesquisadores mostraram que os hormônios afetam diretamente a química do cérebro que controla as emoções e o humor. Por exemplo, as mulheres são especialmente vulneráveis ​​ao desenvolvimento de Depressão Pós-Parto após darem à luz, quando alterações hormonais e físicas e a nova responsabilidade de cuidar de um recém-nascido podem ser esmagadoras.

Algumas mulheres também podem ter uma forma grave da Síndrome Pré-Menstrual (SPM) chamada de Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM). O TDPM está associado com as alterações hormonais que ocorrem normalmente nos períodos em torno da ovulação e antes do início da menstruação.

Durante a transição para a menopausa, algumas mulheres experienciam um risco aumentado para a depressão. Além disso, a osteoporose – afinamento ou perda dos ossos – pode estar associada à depressão. Os cientistas estão explorando todas essas conexões potenciais e como o aumento e queda cíclicos de estrogênio e outros hormônios podem afetar a química do cérebro de uma mulher.

Finalmente, muitas mulheres enfrentam os estresses adicionais das responsabilidades do trabalho e da casa, cuidando de filhos e pais idosos, abuso, pobreza e tensões nos relacionamentos. Ainda não está claro, no entanto, por que algumas mulheres que enfrentam enormes desafios desenvolvem depressão, enquanto outras com desafios semelhantes não.

Como os homens experienciam a depressão?

Os homens geralmente experienciam a depressão de forma diferente das mulheres. Enquanto as mulheres com depressão são mais propensas a terem sentimentos de tristeza, desvalor e culpa excessiva, os homens são mais propensos a ficarem muito cansados, irritados, perderem o interesse em atividades que antes proporcionavam prazer e terem dificuldade para dormir.

Os homens podem ser mais propensos do que as mulheres a recorrerem ao álcool ou drogas quando estão deprimidos. Eles também podem se tornar frustrados, desencorajados, irritados, zangados e, às vezes, abusivos. Alguns homens se atiram no trabalho para evitar falar sobre sua depressão com a família ou amigos, ou se comportam de forma imprudente. E, apesar de mais mulheres tentarem o suicídio, muito mais homens morrem por suicídio nos Estados Unidos.

Como os adultos mais velhos experienciam a depressão?

A depressão não é uma parte normal do envelhecimento. Estudos mostram que a maioria dos idosos se sente satisfeita com suas vidas, apesar de ter mais doenças ou problemas físicos. No entanto, quando os adultos mais velhos têm depressão, ela pode ser negligenciada, porque os idosos podem apresentar sintomas diferentes, menos óbvios. Eles podem ser menos propensos a experienciar ou admitir ter sentimentos de tristeza ou dor.

Por vezes, pode ser difícil distinguir a dor da depressão maior. A dor após a perda de um ente querido é uma reação normal à perda e geralmente não requer tratamento profissional de saúde mental. No entanto, a dor que é complicada e dura por muito tempo após uma perda pode exigir tratamento. Os pesquisadores continuam a estudar a relação entre dor complicada e depressão maior.

Os adultos mais velhos também podem ter mais condições médicas, como doenças cardíacas, derrame ou câncer, que podem causar sintomas depressivos. Ou podem estar tomando medicamentos com efeitos colaterais que contribuem para a depressão. Alguns adultos mais velhos podem sofrer daquilo que os médicos chamam de depressão vascular, também chamada de depressão aterosclerótica ou depressão isquêmica subcortical. A depressão vascular pode ocorrer quando os vasos sanguíneos se tornam menos flexíveis e mais endurecidos ao longo do tempo, tornando-se apertados. Tal endurecimento dos vasos impede o fluxo normal do sangue para os órgãos do corpo, incluindo o cérebro. Aqueles com depressão vascular podem ter, ou correrem o risco de terem, doença cardíaca ou acidente vascular cerebral co-existentes.

Embora muitas pessoas suponham que as maiores taxas de suicídio estão entre os jovens, homens brancos mais velhos com idade de 85 anos ou mais, na verdade, apresentam a maior taxa de suicídio nos Estados Unidos. Muitos têm uma doença depressiva de que seus médicos não estão cientes, apesar de muitas dessas vítimas de suicídio visitarem seus médicos dentro de um período de um mês antes de suas mortes.

A maioria dos adultos mais velhos com depressão melhoram quando recebem tratamento com um antidepressivo, psicoterapia ou uma combinação de ambos. As pesquisas mostram que a medicação isolada e o tratamento em combinação são ambos eficazes na redução da depressão em adultos mais velhos. Apenas a psicoterapia também pode ser eficaz em ajudar os adultos mais velhos a ficarem livres da depressão, especialmente entre aqueles com depressão menor. A psicoterapia é particularmente útil para aqueles que não podem ou não desejam tomar medicação antidepressiva.

Como as crianças e os adolescentes experienciam a depressão?

As crianças que desenvolvem depressão muitas vezes continuam a ter episódios quando entram na idade adulta. As crianças que têm depressão também são mais propensas a terem outras doenças mais graves na idade adulta.

Uma criança com depressão pode fingir estar doente, recusar-se a ir à escola, apegar-se a um dos pais ou ter a preocupação de que um dos pais pode morrer. As crianças mais velhas podem ficar de mau humor, ter problemas na escola, tornar-se negativas e irritáveis e se sentirem incompreendidas. Devido ao fato de que esses sinais podem ser vistos como oscilações normais do humor típicas de crianças enquanto se movem ao longo de seus estágios de desenvolvimento, pode ser difícil diagnosticar com precisão uma pessoa jovem com depressão.

Antes da puberdade, os meninos e as meninas têm a mesma probabilidade de desenvolverem depressão. Até os 15 anos de idade, no entanto, as meninas são duas vezes mais propensas que os meninos a terem tido um episódio depressivo maior.

A depressão durante a adolescência vem em um momento de grande mudança pessoal – quando meninos e meninas estão formando uma identidade separada da de seus pais, lidando com questões de gênero e sexualidade emergente e tomando decisões independentes pela primeira vez em suas vidas. A depressão na adolescência é freqüentemente acompanhada de outros transtornos, tais como ansiedade, transtornos alimentares ou abuso de substâncias. Ela também pode levar a um risco aumentado para o suicídio.

Um ensaio clínico financiado pelo NIMH de 439 adolescentes com depressão maior descobriu que uma combinação de medicação e psicoterapia era a opção de tratamento mais eficaz. Outros pesquisadores financiados pelo NIMH estão desenvolvendo e testando maneiras de prevenir o suicídio em crianças e adolescentes.

A depressão infantil geralmente persiste, recorre e continua na vida adulta, especialmente se não tratada.

Como posso ajudar um ente querido que está deprimido?

Se você conhece alguém que está deprimido, isso afeta você também. A coisa mais importante que você pode fazer é ajudar o seu amigo ou parente a obter um diagnóstico e tratamento. Você pode precisar marcar uma consulta e ir com ele ou ela ao médico. Incentive o seu ente querido a permanecer em tratamento, ou a procurar tratamento diferente, se não ocorrer uma melhora após 6 a 8 semanas.

Para ajudar o seu amigo ou parente:

  •  Ofereça apoio emocional, compreensão, paciência e encorajamento;
  •  Fale com ele ou ela, e ouça atentamente;
  •  Nunca destitua sentimentos, mas aponte para realidades e ofereça esperança;
  •  Nunca ignore comentários sobre suicídio, e os comunique ao terapeuta ou médico de seu ente querido;
  •  Convide seu ente querido para caminhadas, passeios e outras atividades. Continue tentando, se ele ou ela se  recusar, mas não o/a force a assumir muita coisa em pouco tempo;
  •  Ofereça ajuda nas idas às consultas médicas;
  •  Relembre o seu ente querido que com o tempo e o tratamento, a depressão vai embora.

Como posso ajudar a mim mesmo se eu estiver deprimido?

Se você tiver depressão, você pode se sentir exausto, desamparado e sem esperança. Pode ser extremamente difícil tomar qualquer medida para ajudar a si mesmo. Mas, quando você começar a reconhecer a sua depressão e iniciar o tratamento, você vai começar a se sentir melhor.

Ajudar a si mesmo

  • Não espere muito tempo para obter avaliação ou tratamento. Há pesquisas mostrando que quanto mais se espera, maior pode ser o comprometimento ao longo do caminho. Tente marcar uma consulta com um profissional o mais rapidamente possível;
  • Tente ser ativo e exercite-se. Vá ao cinema, a um jogo de bola ou outro evento ou atividade que você costumava apreciar;
  • Estabeleça metas realistas para si mesmo;
  • Divida grandes tarefas em tarefas menores, defina algumas prioridades e faça o que puder, como você puder;
  • Tente passar algum tempo com outras pessoas e confiar em um amigo ou parente confiável. Tente não se isolar e deixe que outras pessoas o ajudem;
  • Espere que o seu estado de humor melhore gradualmente, não imediatamente. Não espere que, de repente, você irá “sair de” sua depressão. Muitas vezes, durante o tratamento para a depressão, o sono e o apetite vão começar a melhorar, antes de seu humor deprimido se elevar;
  • Adie decisões importantes, como a de se casar ou se divorciar ou mudar de emprego, até se sentir melhor. Discuta suas decisões com pessoas que conhecem você bem e têm uma visão mais objetiva de sua situação;
  • Lembre-se de que um padrão de pensamento positivo irá substituir pensamentos negativos, à medida que sua depressão for respondendo ao tratamento;
  • Continue se educando sobre a depressão.

Ensaios Clínicos

O NIMH apoia pesquisas sobre saúde e transtornos mentais. Veja também:   A Participant’s Guide to Mental Health Clinical Research. .

Participe, encaminhe um paciente ou aprenda sobre os resultados dos estudos em ClinicalTrials.gov, o registro do NIH / National Library of Medicine de ensaios clínicos financiados pelo governo federal e iniciativa privada para todas as doenças.

Encontre estudos financiados pelo NIH atualmente recrutando participantes com depressão.

Nota do tradutor: *De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-V), o TOC não é mais classificado como um transtorno de ansiedade. Atualmente, está classificado em um outro capítulo denominado “Transtorno Obsessivo-Compulsivo e Transtornos Associados”. Neste capítulo, há também os seguintes transtornos: Transtorno Dismórfico Corporal, Tricotilomania, Transtorno de Acumulação e Transtorno de Escoriação (Skin Picking).

Esta é uma tradução livre, realizada pelo Psicólogo Alexandro Paiva, com cunho exclusivamente pedagógico, do texto original, que foi extraído do website http://www.nimh.nih.gov/health/topics/depression/index.shtml . Acesso em 27/12/14.

Alexandro Nobre Paiva é Psicólogo Clínico, Psicoterapeuta Sexual e de Casais (CRP 06/118772) com experiência no atendimento de clientes brasileiros e estrangeiros adultos, nas línguas inglesa e portuguesa. Especialista em Terapia Comportamental Cognitiva em Saúde Mental pelo Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (AMBAN IPq HC FMUSP) e pela Proficoncept, certificada pela DGERT (União Europeia). Qualificação Avançada em Psicoterapia com Enfoque na Sexualidade pelo Instituto Paulista de Sexualidade (INPASEX). Capacitação em Reabilitação do Amor Patológico pelo Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (AMBULIM IPq HC FMUSP) e pela Escola de Reabilitação do Amor Patológico (ERA-AP). Membro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental (ABPMC).

Especialista em Língua Inglesa: Metodologia da Tradução pela FAFIRE, tendo atuado como Professor de Língua Inglesa por cerca de 10 anos (Brasil e China) e convivido com pessoas de diferentes culturas, mantém um Blog com Recursos Psicoeducacionais nas áreas da Psicologia e da Sexualidade.

Interesses principais incluem Psicologia, Sexualidade, Tradução, Línguas Estrangeiras, Viagens e Fotografia.

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